Antes de ler o livro de Jim Collins “Good to Great” diria, sem hesitar, que sou uma empreendedora otimista.
Mas depois Jim Collins falou-me sobre o paradoxo de Stockdale (que não fazia ideia do que era) que diz ser uma regra fundamental para se ser um líder que passa de BOM para ÓTIMO:
“Manter uma esperança absoluta em que se pode e se irá acabar por vencer, independentemente das dificuldades e, ao mesmo tempo, encarar os factos mais brutais do contexto em que se vive, seja ele qual for”.
No início não percebi nada do que isto significava por isso continuei a ler. Mas antes de falarmos do paradoxo tens de perceber quem era Jim Stockdale…
Um almirante dos estados Unidos durante a guerra do Vietnamen foi muito torturado durante o seu encarceramento que durou 8 anos (entre 1965 e 1973). Não tinha quaisquer direitos enquanto prisioneiro, não havia uma data de libertação estabelecida e não tinha nenhuma certeza de que iria sobreviver e reencontrar-se com a sua família. Sobreviveu!
Quando lhe perguntaram:
“Como é que conseguiu sobreviver?” respondeu “Nunca perdi a esperança.”
E quando lhe perguntaram:
“Quem foram os prisioneiros que não conseguiram sobreviver?” respondeu “Os otimistas”.
“O quê?!!!” Foi o que pensei, porque me considero uma eterna otimista!
Stockdale, dizia que os otimistas eram os que diziam que iam estar em casa no Natal. Ou na Páscoa. Ou no dia de ação de graças. E isso nunca acontecia. Então morriam de desconsolo.
Stockdale era aquele que dizia “Não vamos estar lá no Natal; aguentem-se”.
Já estava mais claro mas mesmo assim não estava a perceber a moral da história. Foi aí que continuei a ler e percebi.
“Nunca se deve confundir esperança de vencer no final, com a disciplina que é necessária para encarar os factos mais brutais da realidade que nos rodeia, seja ela qual for.”
O que vai distinguir os empreendedores de sucesso, não é a presença ou ausência de problemas, mas a forma como se gerem as inevitáveis dificuldades da vida.
Uau que bela moral de história!